RE: [MEEF] UNE recebe R$ 30 milhões, mas nova sede no Rio não sai do papel

Bem, eu acho que o que está em jogo aqui é a divergência entre dois projetos societários antagônicos: o defendido pelo MEEF e o defendido pela UNE.
Bem, vemos aos fatos, com os megaeventos esportivos vemos se consolidar um dos maiores projetos de especulação imobiliária e higienização social vistos pela história desse país. Projetos de mobilidade urbana, que em teoria seriam os legados dos eventos são deixados de lado a cada dia que se passa, é cada vez maior os gastos com estádios e afins, que serão elefantes brancos, com exceção de poucos. Fora que os mesmos estádios são entregues à iniciativa privada, ou seja, a população carente nunca vai ter acesso ao que está sendo feito. A partir disso, vemos a UNE corroborar com toda essa lógica apoiando os governos responsáveis pela implementação desses projetos, aqui no RJ Eduardo Paes e Sérgio Cabral. E isso é feito com toda uma escamoteação do seu sentido, "integração, divulgação do esporte, etc etc". A UNE hoje apoia o governo que faz perseguição aos usuários de Crack, a UNE hoje apoia o Governo que quer demolir o Museu do Índio para construir um estacionamento, um governo que gasta milhões na reconstrução do Maracanã e entrega de mão beijada para a iniciativa privada, um Governo que já expropriou milhares de famílias em prol da especulação imobiliária, e quer expropriar mais. Ou seja, esse projeto de "conciliação de classes" defendido por PT, PC do B, consequentemente, a UNE é inviável com o projeto de sociedade defendido pelo MEEF.
O MEEF busca realmente a transformação da sociedade, uma a consolidação de fato da consciência e interesses de classe, e isso não é obtido apoiando tais governos que cada vez mais precarizam a vida do trabalhador. 
E quanto aos avanços, posso afirmar que o MEEF nunca ficou fazendo richa entre licenciatura e bacharelado, e sim, temos muitos avanços, vide as derrotas dos CREFs em diversos estados do país, vide as maniffestações dos estudantes, os resultados de plebiscitos e afins. Mas se o companheiro não consegue reconhecer isso, é uma pena.
Realmente, a dúvida fica entre o apoio a programas como PROUNI, PRONATEC, REUNI, e afins, que vemos as consequências em nossas caras, um ensino superior cada vez mais precarizado, ou o rompimento com toda essa lógica para a construção de uma entidade a nível nacional que possa realmente agir, numa perspectiva classista, não de reforma do modelo societário atual, mas sim de sua superação por uma ordem social mais justa, digna e que responda aos anseios da classe.

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