A culpabilização do individuo por não conseguir atingir conceitos também está sendo implementada aqui na UFRGS, só que após a entrada, e também atingirá principalmente os cotistas pelo que o movimento estudantil vem apontando. Através da Resolução 19 os alunos que demonstrarem baixo rendimento consecutivo nas cadeiras, ou que não conseguirem acompanhar e larguem serão punidos, podendo serem desligados da universidade em até 3 semestre.
--Frente considera programa de cotas paulista "preconceituoso e equivocado"
Manifesto destaca que "medidas como as apresentadas agora não só expõem a face racial da elite paulista, mas também evidenciam o descompasso entre o governo estadual e os movimentos sociais organizados"
20/12/2012
Jorge Américo e José Francisco Neto
da Redação
A Frente Pró-Cotas, formada por dezenas de organizações sociais, divulgou manifesto em repúdio ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), lançado nesta quinta-feira (20) pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O programa tucano deverá começar a ser implantado a partir de 2014, caso as universidades concordem com a proposta. (Leia a íntegra do manifesto)
O projeto de Alckmin pretende reservar 50% das vagas a estudantes de escolas públicas que passarem por uma etapa intermediária. Das vagas reservadas, 35% podem ser destinadas a negros, pardos e indígenas.
Somente aqueles que tiverem aproveitamento de 70%, ao término de dois anos de estudo, poderão ingressar nas universidades estaduais (USP, Unesp e Unicamp) ou na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec).
No entanto, essa etapa intermediária é criticada pelos movimentos que compõem a Frente Pró-Cotas. Eles entendem que essa proposta do governo paulista retoma a ideia "de que estudantes cotistas podem diminuir a qualidade das universidades". E que essa forma é "preconceituosa e equivocada".
"Vários estudos apontam que a adoção de cotas raciais diretas e imediatas é o único meio capaz de mudar o perfil monocromático e elitista das universidades públicas em curto e médio prazo. Medidas como as apresentadas agora não só expõem a face racial da elite paulista, mas também evidenciam o descompasso entre o governo estadual e os movimentos sociais organizados", diz trecho do manifesto.
Em 2006, pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) constatou que a média dos cotistas foi semelhante ou maior que a dos demais estudantes em 34 de 56 cursos.
Manifesto:
http://www.uneafrobrasil.org/images/conteudos/MANIFESTO_COTAS_RACIAIS_SP_final.pdf
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