Re: [MEEF] Re: [coordenadores_exneef] Contribuições p/ o CADERNO DE POESIAS

Envio duas poesias minhas! 

Nunca as pus noutro caderno que não o meu. hehe
Espero que gostem! Elas marcaram uma virada importante na minha vida e na minha militancia estudantil, minha mudança da UFSC para a UFRGS.

Há braços! 
 

Há quem viva numa fila

 

Há quem viva numa fila esperando...

Há quem não precise esperar...

 

Desconstruo minha  aversão à fila, vou tentar...

Pois sou criança, e burlo fila desde pequeno porque não a entendo

                                                                 sequer a compreendo

 

Educo você para sair da fila,

Para que vejas o que está mais para lá...

Experimentes

 

Educo você para respeitá-la,

Para futuramente não sofrer represálias

Para alinhar-se

 

Não gosto de filas!

Mas posso amá-las, porque nelas encontro

 

PESSOAS

 

PESSOAS que sofrem represálias

PESSOAS que vivem "isoladas"

PESSOAS que têm a seus semelhantes, muitos tão diversos...

 

Essas PESSOAS ainda possuem a força para arrancar pela raiz

 

para semear muito mais que

 

ordem e progresso.

 

Porto Alegre, 22/03/2010 

 

 

 

 

Esperança de Mãe

 

Na insensatez de um modo (Capitalista)

Armas dilaceram e anestesiam...

Um mar de homens e mulheres

                 crianças e jovens 

                                                    famílias!

 

Num abraço fraterno (de mãe)

Sinto e vejo a realidade de quem perdeu sonhos

E tem juntas enrijecidas.

 

Mas que não deixa de amar,

De pingar na mão do filho estudante o suor do laborar...

E tal modo o filho estudante passa a questionar!

 

UFSC, 04/11/2009


Em 14 de janeiro de 2013 14:19, Marina El Hajjar Meneghel <ma.meneghel@gmail.com> escreveu:
Encaminho duas poesias do professor de Educação Física, formado pela UFRGS e hoje residente em saúde mental no GHC. Adriano Donin Neto. 

Pra quem curtir ele tem um blog onde posta as suas poesias www.netodoavo.blogspot.com.br

ESCADA

Não há poesia sem dor
Não há construção sem sofrimento
Sempre que escrevo sofro
Não há coração que não transborde
E olhos que não umedeçam

Vejo na dor uma ponta de coragem
Uma fagulha do que resta
Em minha alma errada

Quando grito, pasmem!
Me calam.
Quando espumo de raiva
E choro pelos outros, pasmem!
Chamam-me fraco.
Quando transbordam minhas veias de amor, pasmem!
Chamam-me sentimentalóide.
Quando peço mais calma e perdão, pasmem!
Riem.

Enquanto não se souber amar
E honestidade for sinônimo de fraqueza
Não há bem que vença
É na imundície que se criam os "porcos"
Os apáticos, os atônitos, os perdidos [como às vezes eu
Fazem parte do lodo que os "suínos" pisoteiam
Peço perdão aos animais pelas metáforas [são bem melhores que muitos homens
Peço perdão aos oprimidos por ser tão fraco
Pois lhes ajudo em pouco
Ou em quase nada
Vejo
        Naquele
                      Que está
                                       Estático
                                                      Uma Escada
                                                                            Para baixo


PRIVATIZAÇÃO DAS MENTES

Homens percorrem os mananciais de sua mente
Entrevistam seu ego com microfones amplificados
Reassumem posições nas cadeiras estofadas da vida
Os homens sábios reavaliam suas posturas
Os estúpidos avaliam as mentes
Prescrevem de forma métrica e intocável
Seus saberes científicos
Desumanizados - desumanizadores
Eis que protocolaram a vida
Diagnosticaram a desrazão
Privatizaram a mente
Sucumbiram a loucura
Cortaram, assim como nos canaviais
Que depois de queimados
Se arremetem aos facões afiados
Feito os filhos finados de famílias famigeradas
Prenderam o diferente
E lhe meteram goela abaixo
Toda medicina
E suas filhas, criadas para submissão
Travestidas de jalecos brancos
Que pipoqueiros também usam
Porém com menos arrogância
Chamam o diferente produtivo
De diferenciado
E trancafiam enjaulado
Como besta infantilizada e agressiva
Como massa passiva e silente
Como objeto inanimado que não sente
Todo sofrimento eloquente
Toda dor que se apresente
Não há o direito de surtar
Nem o de lhe apontar o dedo
Nem o de protestar
Há o direito de calar
De ser engolido
Por essa propagando podre
Essas mãos higienizadas
Essa indústria destrutiva
Nós, que vivemos comendo o estrume
A bosta podre que Prometeu comia
Do corvo que lhe dilacerava o fígado
Não podemos esperar acorrentados
Que Hércules venha nos salvar
Rasgue a camisa de força
Tire esse discurso vomitado da boca
Seja humano
Viva e morra
Todo santo dia
Só não mate
A vida dos outros


Em 14 de janeiro de 2013 01:46, Atila Oliveira <atylla_14@hotmail.com> escreveu:
Bem compas a mim ficou a responsabilidade de falar sobre os Cadernos de Poesias.

Uma política financeira da ExNEEF tirada na reunião de planejamento. Consiste em montarmos um CADERNO DE POESIAS através de contribuições do próprio movimento, com poesias de militantes e poetas famosos, como também militantes do MEEF que se arriscam na arte.

Algumas regionais mandaram as suas contribuições, porém ainda não temos o suficiente para confeccionar um caderno!

Assim, estamos retomando essa tarefa para a confecção do caderno, pedindo a contribuição dos compas das regionais e para aqueles já enviaram, reenviar pra lista para que o Companheiro Luizinho possa armazenar essa poesias afim de montarmos o caderno.

O prazo para o envio das mesmas é até o dia 16/02!







Átila Oliveira do Nascimento
Estudando o 6º semestre de Ed. Física
Secretário de Finanças do Cacef
FORÇA NA LUTA, PORQUE A LUTA É PRA VENCER!!!

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Marina El Hajjar Meneghel

DAEFi - UFRGS (Gestão 2011/2012)
Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (ExNEEF) - coordenadora geral da Gestão 2012/2013
DCE (Gestão 2011/2012)

*Educação Física é uma só! Formação Unificada JÁ! *


- Não aceitem o habitual como coisa natural, pois em tempos de desordem, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar -  Bertold Brecht

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Ricardo Ferreira da Silva
Estudante de Educação Física
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Bolsista PET Conexões - Políticas Públicas para a Juventude
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"Um dos grandes deveres da Universidade é implantar suas práticas profissionais ao seio do povo." ( Che Guevara )
"Que la Universidad se pinte de negro, de mulato, de obrero, de campesino... Que se pinte de pueblo... " (Che Guevara ) 
"Enquanto houver capitalismo, a teoria marxista basicamente continua válida. O marxismo, porém, não é um dogma. Como dizia Lênin, o marxismo tem que ser estudado, aplicado e desenvolvido. Não se trata de ficar repetindo o que Marx e Lênin disseram. Trata-se de encontrar os caminhos para o socialismo nessa realidade de hoje, que é bastante complexa e diferente, levando-se em conta também a realidade de cada país."   

Luiz Carlos Prestes



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