Camaradas, primeiramente da mesma forma que já foi feita é ressaltar a importância desses debates contínuos, seja no espaço que seja, deve acontecer e a lista MEEF também é ferramenta para isso.
Inicialmente queria ponderar algumas coisas, que se procurou forjar sem qualquer consistência. A primeira delas, é alegação (por mais de uma vez) que a ExNEEF busca "calar" estudantes ou busca negar o debate. É bastante contraditório se formos buscar o início de todo o diálogo, saudando a riqueza e importância desses debates e principalmente: gerando-os e contribuindo para que ocorram.
Coisa que não ocorreu por exemplo, na plenária final, quando da aprovação de deliberações como a contrariedade ao PDP e a manutenção do rompimento com a UNE, o que nos mostra das duas, uma: ou tais deliberações são consenso no MEEF (o que sabemos que não é), ou os setores que tem divergência com tais políticas sequer exporam suas defesas em tais espaços. O que é, no mínimo uma falta de honestidade com o movimento e falta de respeito com o mesmo, ao atacar uma direção pela política do movimento que a mesma expressa.
E isso é colocado de forma fraterna aos camaradas, de forma a situar em que se centra o debate: entendemos que a crítica não é feita a sujeitos, individualidades ou mesmo direções, pois essas são expressões do movimento. Dessa forma, quando colocado na nota do 1º de abril os limites das defesas das organizações, tal crítica não se resume à uma direção e sim à política defendida como um todo, e o projeto que vem sendo implementado que se distancia do projeto defendido pelo MEEF e outras organizações de esquerda. Por isso nos colocamos a expor abertamente a crítica às entidades, ao se colocarem a defender um projeto falido para a classe, o Projeto Democrático popular que até movimenta sim, não temos dúvida, mas movimenta e ilude a classe dentro dos marcos da ordem.
Assim, acreditamos que o debate tenha que acontecer sim e de forma constante mas deve ser de forma aberta e condizente com a seriedade com que é conduzido o MEEF, e não sendo rebaixado à crítica de direções.
seguimos..
Carol 
Coordenação Geral - DACEFD/UFSM Gestão 2011/2012 - "Lutar quando é fácil ceder" Coordenação de Ensino, Pesquisa e Extensão - ExNEEF R6
--- Em dom, 7/4/13, Cilos Fortunato da Silva <cilosedf@yahoo.com.br> escreveu:
De: Cilos Fortunato da Silva <cilosedf@yahoo.com.br> Assunto: Re: [MEEF] 10 anos de PT: Muito aquém de uma estratégia solidária, muito além de uma ideologia de recuo Para: "meef-nacional@googlegroups.com" <meef-nacional@googlegroups.com> Data: Domingo, 7 de Abril de 2013, 16:58
Companheiros (as), São muitas questões que apareceram após o meu e-mail, necessitando escrever um artigo para procurar responder a todas elas, todavia, creio que não aja necessidade agora. Estamos terminando nosso caderno de debate e nele terá claramente muitas questões que foram colocadas aqui. Pois bem, comentarei sobre alguns que considero fundamental para o debate aqui ensaiado, uma vez que, algumas das questões levantadas se apresentam muito mais como um desvio do objetivo da discussão do que necessariamente uma continuidade dela.
Primeiramente, devemos superar o simplismo intelectual das nossas análises, pois, apesar dessa discussão ser de ordem política, alguns a colocam como moral, na fala do próprio Rian. Quando se auto-intitular-se marxista ou mesmo quando cita Marx. Qual o parâmetro para dizer que estamos pregando a essência e o outro a aparência? O parâmetro é ser antigovernista? Pelo visto alguns se colocam aqui nesse sentido. A verdade é de ordem objetiva, mas ela não se dar por completo, ou seja, o fenômeno não se explica por se só, apenas quando inserido na prática social que a produziu. Noutras palavras, a verdade é aquilo que melhor elucida a realidade, sendo assim, poderíamos dizer que dialeticamente é aquilo que melhor expõe a realidade com todas as suas contradições, certo?! Existe fortemente uma dimensão ética nas nossas lutas, não moral. Apesar de alguns se colocarem moralmente.
Vejo algumas contradições na fala de Rian. Vou usar um exemplo concreto, a partir da fala dele e da nossa realidade na UFRPE. Dizemos que a UNE é falida porque não atende aos interesses dos estudantes. E os DCE's e D.A's e C.A's que estão nas mãos da UJS, UJR, ANEL e outras entidades mais que, não estão atendendo a luta de classe e estão por ai pregando consenso, também devem ser consideradas falidas? Quando falamos de UNE, DCE, DA e CA, estamos falando de instrumentos de luta que apresenta dimensões diferentes de atuação. Porém, todos compõe espaço estratégico de poder. Assim, não existiria motivo para disputar também os D.A's e DCE's, mas a ANEL disputou aqui e ganhou (não concorremos). Fica a incógnita sobre essa contradição: disputa DCE e não disputar a UNE, por que? A resposta esta nas suas palavras companheiro Rian: "Ela é indisputável [...] Ela foi burocratizada para ser indisputável [...] É impossível tomar a UNE". Porque neste momento histórico, não temos forças acumuladas suficientes para tomá-la. Com isso, é muito mais fácil desistir de disputar e ficar por fora fazendo a crítica do que a disputa-la. Vivemos um momento de desmobilização do movimento social como um todo, mas o nosso papel é o de continuarmos firmes na organização das massas.
Sobre a plenária final, acredito ser bastante problemática a colocação dos colegas, pois, não estamos contra-deliberando pela lista do MEEF. Estamos apenas discutindo posições divergentes na lista MEEF. Não podemos dizer que foi deliberado no ENEEF, utilizando isto para calar as vozes e os conflitos. Não acreditamos no consenso, acreditamos na pedagogia do conflito, na qual a realidade se expressa conflituosa e só nesse movimento real, é possível compreendermos a realidade. Nesse sentido, não tentem calar aqueles que se propõem a refletir sobre o MEEF e sua executiva.
Não responderei sobre o porquê de disputar o PT, pois João Victor já explicitou alguns motivos e sobre a CUT, deixarei para um segundo momento. Mas direi que é preciso distinguir um pouco sobre o papel de partido e o da UNE, noutras palavras, precisamos ter clareza do papel de ambos na luta de classe travadas no presente bloco histórico. Ambos são instrumentos de luta, porém, o partido nem sempre pode ser apresentar enquanto instrumento da classe trabalhadora, visto que, a classe burguesa por meio dos seus intelectuais, poderá forma seu partido e disputar o poder, ou seja, o partido pode ser instrumento de tomada de poder de uma classe perante outra ou como meio de manutenção da hegemonia dominante. Posso pontuar outros elementos para trazer uma definição de partido, mas estou trazendo apenas uma diferenciação de partido e a UNE, já que esta foi à pergunta de Guilherme. A UNE, foi forjada enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora, é diferente de um partido como o PT ou qualquer outro. Por exemplo, pode ser utilizada por diversos grupos políticos de esquerda e por estudantes pertencentes a diversos partidos (o que não é o caso da UJS). Querer colocar os dois em níveis iguais de equivalência é uma leitura equivocada. Podemos até pontuar que ambos estão defendendo as políticas neoliberais e tal, mas não podemos dizer que são a mesma cara de uma mesma moeda. Como é o caso da ExNEEF, por si só não é um partido, pois não disputa o poder, mas sim, defende os interesses de uma determinada classe.
Acho incrível que os companheiros (as) da ExNEEF, ignorem a luta travada em PE, pela reorganização do MEEF no nosso estado. Organizamos o III Encontro Pernambucano dos Estudantes de Educação Física (EPEEF), com estudantes da Bahia, Paraíba e Ceara, na qual nos colocamos contrários aos megaeventos, colocando companheiros (as) como Celi Taffarel, Elson Moura, Sávio Assis, dentre outros, que são contrários aos megaeventos. Deliberamos em plenária final de tirar uma posição contrária aos megaeventos. Em outras palavras, como os companheiros podem afirma que somos a favor dos megaeventos? Sem base empírica nenhuma (observem as práticas sociais). Por isso, acreditamos que o problema não é trazer dados do PSTU ou de nenhum outro partido ou entidade, o problema consiste na forma como estão colocando o debate. Vejo uma tentativa de rebaixamento do debate, principalmente quando vários companheiros trazem muitas questões ao mesmo tempo para o presente debate, ou seja, uma nítida tentativa de desmantelar o debate. Como alega o camarada Lênin, nosso dever é explicar, explicar e explicar aos filhos da classe trabalhadora a nossa posição e o porquê dela ser necessária nestes tempos. Não podemos continuar acreditando numa direção que apenas ataca um partido, seguindo a onda dos partidos de direita e de órgãos forjados na ditadura, como é o caso do STF. A posição antigoverno parece ser muito bonitinha e muito plausível, mas se apresenta com um nível muito baixo de elucidação da realidade. Esse debate não se esgota aqui, mas preciso me delimitar, por isso, encerro aqui minhas considerações e espero continuar o debate. Seguimos na luta!!! Cilos Fortunato da Silva Licenciando em Educação Física - Bolsista CAPES/UFRPE Presidente do Diretório Acadêmico de Educação Física (DAEFi-UFRPE) Juventude Revolução (JR) (81) 8644-0639/ (81) 9962-4459 www.daefiufrpe.org
De: Guilherme Stürmer Lovatto <guilherme.ufsm@gmail.com> Para: "meef-nacional@googlegroups.com" <meef-nacional@googlegroups.com> Enviadas: Domingo, 7 de Abril de 2013 11:59 Assunto: Re: [MEEF] 10 anos de PT: Muito aquém de uma estratégia solidária, muito além de uma ideologia de recuo Então camaradas,
Penso que é muito rico vermos a lista MEEF apresentar estes debates que expõem para além de nossas ações cotidianas nos diretórios e centros acadêmicos as perspectivas táticas e estratégicas de luta pelo socialismo. Mas bem, vejo como importante também limparmos um pouco o meio de campo. Primeiro, queria colocar que ao enviar o texto do PSTU não o faço na perspectiva de apontar o mesmo como a referencia da reorganização. Se o camarada Cilos bem lembra dos debates do ENEEF e das posições que defendemos para o movimento estudantil, apesar de considerar os camaradas do PSTU companheiros de luta, temos divergências e principalmente no que diz respeito a forma de construção do movimento estudantil e a sua perspectiva de autoconstrução. Isso, é discutir e em nenhum momento apresentar posições divergentes ou que combatem certas organizações e posições como o PT e o Levante é cair em um debate rebaixado ou que muitas vezes é caracterizado como briga. Penso que caracterizar a divergência enquanto briga é contribuir para a despolitzação dos estudantes e o seu afastamento muitas vezes do debate político...debates muitas vezes são acalourados e temos que repassar isso a nossa base como forma de avançarmos no movimento. Por segundo, entendo que o fechamento de 10 anos do governo do PT, no qual a classe trabalhadora depositava diversas esperanças de mudanças, tem demonstrado que tal organização abandonou suas perspectivas iniciais de ruptura revolucionária com a ordem burguesa já faz um bom tempo, apesar de ainda conseguir se sustentar como referência em muitos setores da classe. Sendo assim, é uma demanda para nós militantes que vemos essa grande contradição e apontamos a falência do PT para a luta da classe trabalhadora, analisarmos o que é o governo do PT e o Lulismo e nesse sentido vejo que o texto tem muito a contribuir com essa discussão. Negar esse debate de compreender o que é o PT hoje e o papel que o Lulismo desempenha é no mínimo afirmar o governo, sua adaptabilidade a ordem e acreditar em uma possibilidade de disputa inexistente. Ainda, penso assim como Vivi, Diego e Rian que colocar em um mesmo patamar de análise a ExNEEF e a UNE ou qualquer entidade nacional como a ANEL é um erro histórico absurdo e que muitas vezes nasce de posições oportunistas que buscam desconstruir as posições debatidas e encaminhadas no ENEEF pela base estudantil e implementadas pela coordenação da ExNEEF, na perspectiva de se autoconstruir. Ora, já temos visto que a UNE referencia todas as políticas neoliberais do governo, é uma entidade que não possui democracia interna e uma organização que possibilita que o mesmo grupo (UJS) esteja na direção majoritária a quase 30 anos. No que a ExNEEF se parece com ela? Primeiro, a ExNEEF representa um setor do movimento estudantil e não busca organizar todos os estudantes para além da educação física, também, apesar de todas as contradições da reorganização se coloca na luta cotidiana com trabalho de base, com bandeiras de luta, contra as politicas neoliberais do governo PT e na defesa do socialismo e possui um fórum nacional que possibilita o amplo debate e a exposição de divergências (como foi o último ENEEF por exemplo) que se manifestam nas deliberaçõs da plenária final e na própria composição da gestão. Por último Cilos, gostaria já que criticou a posição "divisionista" que ExNEEF possui, que pontuasse claramente o porque de defesa do governo do PT e qual a perspectiva de disputa do mesmo para um projeto de ruptura com a ordem vigente? Para além de ser entidades que nasceram da classe trabalhadora o que mais ainda possibilitaria essa disputa? Esta disputa se daria também na própria UNE? Não tenho acordo que estas entidades e organizações ainda sirvam a classe trabalhadora (a luta pela educação pública desde a entrada de Lula e do PT no poder, as ocupações de reitoria de 2007 e 2011, a greve no ano de 2012 e os constantes ataques aos trabalhadores através de contrarreformas de retiradas de direitos tem nos demonstrado que é preciso superarmos o PT, a CUT e a UNE), mas gostaria que trouxesse esta explanação para além da descontrução de uma entidade que se coloca na luta e junto aos estudantes. Seguimos.
Abraços
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