Camaradas, pra fomentar o debate socializo também uma nota produzida pelo DAEFi/UFRGS sobre as mobilizações
SOBRE AS MOBILIZAÇÕES
Nota do Diretório Acadêmico de Educação Física da ESEF/UFRGS
Vivemos um momento único na história do país. Manifestações enchem as ruas reivindicando muito mais que a redução das tarifas de ônibus. Lutamos por melhores condições de vida para todos trabalhadores. A população de indignados que sai às ruas contrapõe o discurso governista de que o Brasil vai bem, contrapõe até mesmo o patriotismo que muitos acreditaram que viria junto à Copa das Confederações e dos Megaeventos Esportivos. Em 12 anos o governo de Lula/Dilma/PT manteve sua governabilidade através da cooptação e coerção dos movimentos sociais, cortou milhões em direitos sociais como educação e saúde, aprofundou a lógica neoliberal no país e essas manifestações nas últimas semanas expressam o primeiro grande levante da população à essa política.
O Diretório Acadêmico de Ed. Física constrói a Luta Contra o Aumento da Tarifa há alguns anos em Porto Alegre e esse ano desde janeiro participa das reuniões do Bloco de Luta organizando os atos públicos. O que antes eram manifestações pontuais nos grandes centros urbanos com a pauta da redução da tarifa de ônibus soma-se uma pluralidade de reivindicações que nos unem em uma mesma marcha. Olhamos a atual situação com muita alegria e ao mesmo tempo preocupação com os rumos que o movimento toma. Perdeu visibilidade as pautas específicas que agregam as manifestações, concomitantemente tornam-se frequentes reivindicações generalistas e vazias de conteúdo político. As palavras de ordem lentamente são substituídas pelo hino nacional e rio grandense; os partidos políticos são perseguidos e marginalizados pela grande mídia; dizeres como o povo acordou escondem aquelas organizações que estão na luta há muito tempo, e que na periferia onde a violência é cotidiana nunca se dormiu em paz. Num país onde a ordem é para o povo e o progresso para os ricos não deveríamos nos questionar a quem serve esse nacionalismo que surge nos atos?
A violência militar nas manifestações também se acirra, o poderio bélico do Estado paulatinamente é experimentado nos manifestantes, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral são lançadas até mesmo de helicóptero sobre os gritos de 'não violência' dos manifestantes. O início da repressão pela Brigada Militar sempre que chegamos à Ipiranga não é transmitida pela grande mídia e pouco nos questionamos sobre ela: e a violência do Estado quem reprime? Nesse contexto que surge o vandalismo, produto de inúmeras contradições dessa realidade de descaso com as demandas mais básicas da população, bilhões destinados a Copa do Mundo, e a dificuldade de ter uma direção política para o movimento que cresce. Não somos contrários a radicalização dos atos públicos, contudo necessitamos de melhor organização para dar respostas coletivas e não ações individuais que enfraquecem e expõem o movimento.
Vale lembrarmos que vivenciamos em 2012 uma Greve gigantesca dos servidores público federais. Iniciou nas Universidades sendo encorpada por outras categorias de fora dela. Hoje quando vamos às manifestações lá também se faz a disputa de que projeto de educação queremos, que mudanças na saúde são necessárias, que redução da tarifa não pode significar aumento dos impostos, tudo isso está em jogo nesse momento histórico, nesse sentido fazemos coro: 'Não são somente 0,20 centavos'. Somente unidos, articulando as lutas conseguiremos dar as respostas que necessitamos, sem deixar que o fascismo diga-nos o que fazer e sem deixar de apontar que o Partido dos Trabalhadores não nos representa!
"DOS MEGAEVENTOS EU ABRO MÃO, QUEREMOS MORADIA, SAÚDE, ESPORTE E EDUCAÇÃO!"
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESEF/UFRGS
GESTÃO ESEF em MOVIMENTO: LUTAR E AVANÇAR
Junho de 2013
Nota do Diretório Acadêmico de Educação Física da ESEF/UFRGS
Vivemos um momento único na história do país. Manifestações enchem as ruas reivindicando muito mais que a redução das tarifas de ônibus. Lutamos por melhores condições de vida para todos trabalhadores. A população de indignados que sai às ruas contrapõe o discurso governista de que o Brasil vai bem, contrapõe até mesmo o patriotismo que muitos acreditaram que viria junto à Copa das Confederações e dos Megaeventos Esportivos. Em 12 anos o governo de Lula/Dilma/PT manteve sua governabilidade através da cooptação e coerção dos movimentos sociais, cortou milhões em direitos sociais como educação e saúde, aprofundou a lógica neoliberal no país e essas manifestações nas últimas semanas expressam o primeiro grande levante da população à essa política.
O Diretório Acadêmico de Ed. Física constrói a Luta Contra o Aumento da Tarifa há alguns anos em Porto Alegre e esse ano desde janeiro participa das reuniões do Bloco de Luta organizando os atos públicos. O que antes eram manifestações pontuais nos grandes centros urbanos com a pauta da redução da tarifa de ônibus soma-se uma pluralidade de reivindicações que nos unem em uma mesma marcha. Olhamos a atual situação com muita alegria e ao mesmo tempo preocupação com os rumos que o movimento toma. Perdeu visibilidade as pautas específicas que agregam as manifestações, concomitantemente tornam-se frequentes reivindicações generalistas e vazias de conteúdo político. As palavras de ordem lentamente são substituídas pelo hino nacional e rio grandense; os partidos políticos são perseguidos e marginalizados pela grande mídia; dizeres como o povo acordou escondem aquelas organizações que estão na luta há muito tempo, e que na periferia onde a violência é cotidiana nunca se dormiu em paz. Num país onde a ordem é para o povo e o progresso para os ricos não deveríamos nos questionar a quem serve esse nacionalismo que surge nos atos?
A violência militar nas manifestações também se acirra, o poderio bélico do Estado paulatinamente é experimentado nos manifestantes, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral são lançadas até mesmo de helicóptero sobre os gritos de 'não violência' dos manifestantes. O início da repressão pela Brigada Militar sempre que chegamos à Ipiranga não é transmitida pela grande mídia e pouco nos questionamos sobre ela: e a violência do Estado quem reprime? Nesse contexto que surge o vandalismo, produto de inúmeras contradições dessa realidade de descaso com as demandas mais básicas da população, bilhões destinados a Copa do Mundo, e a dificuldade de ter uma direção política para o movimento que cresce. Não somos contrários a radicalização dos atos públicos, contudo necessitamos de melhor organização para dar respostas coletivas e não ações individuais que enfraquecem e expõem o movimento.
Vale lembrarmos que vivenciamos em 2012 uma Greve gigantesca dos servidores público federais. Iniciou nas Universidades sendo encorpada por outras categorias de fora dela. Hoje quando vamos às manifestações lá também se faz a disputa de que projeto de educação queremos, que mudanças na saúde são necessárias, que redução da tarifa não pode significar aumento dos impostos, tudo isso está em jogo nesse momento histórico, nesse sentido fazemos coro: 'Não são somente 0,20 centavos'. Somente unidos, articulando as lutas conseguiremos dar as respostas que necessitamos, sem deixar que o fascismo diga-nos o que fazer e sem deixar de apontar que o Partido dos Trabalhadores não nos representa!
"DOS MEGAEVENTOS EU ABRO MÃO, QUEREMOS MORADIA, SAÚDE, ESPORTE E EDUCAÇÃO!"
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESEF/UFRGS
GESTÃO ESEF em MOVIMENTO: LUTAR E AVANÇAR
Junho de 2013
Em 30 de junho de 2013 22:56, Rian Rodrigues <rianufrj@gmail.com> escreveu:
No nosso blog, uma análise sobre as mobilizações por todo o país e as tarefas colocadas nesse novo cenário de lutas!--
"Nossas tarefas passam por sermos capazes de identificar, nas formas e condições sob as quais se apresenta o movimento, os caminhos para a potencialização daquilo que trazem de mais sadio, mais orgânico. De nosso ponto de vista, parte disso está na concretização de uma pauta objetiva, pela base e identificada com as insatisfações e reivindicações imediatas dos trabalhadores e da juventude, que se oriente no sentido da crítica ao projeto privatista, da defesa dos direitos ao transporte, saúde, educação, moradia e o próprio direito à cidade como contraposição às exceções promovidas pelos megaeventos, assim como do direito à liberdade política e o enfrentamento à repressão do Estado e à polícia militarizada.
Junto a isso, é indispensável, como elemento alterador da correlação de forças, a entrada em cena da classe trabalhadora organizada, com suas reivindicações e seus organismos. Para isso, é também necessário que a esquerda compreenda a magnitude das tarefas colocadas e não se perca em hegemonismos que apenas artificializam a luta".
Leia no nosso blog: http://coletivomarxista.blogspot.com.br/2013/06/lutas-de-junho-marcam-abertura-de-um.html--
Rian Rodrigues
Coletivo Marxista - http://coletivomarxista.blogspot.com/
Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa
DCE-UFRJ
CAEFD
Coordenação Nacional ExNEEF - CEPE"Por isso, o atual nível de luta, ainda predominantemente econômico e incipiente doponto de vista da atividade do nosso proletariado, não nos deve fazer perder de vistaos objetivos finais. Foi isso que sempre distinguiu revolucionários de reformistas, mesmo quando se encontravam na mesma trincheira. Por isso, também, essa discussão para nós não é "abstrata", não é privilégio de "teóricos" que "não têmnada a fazer". Ela faz parte da formação de comunistas brasileiros, que saibamaplicar a experiência do marxismo vivo à realidade do seu país." ERIC SACHS
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"Quem não registra está a mercê dos ventos do esquecimento"
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Mateus Ballardin
DAEFi - UFRGS
Coordenação de Finanças
Gestão 2012-2013 - "ESEF em Movimento"
DCE - UFRGS
Gestão 2012-2013 - "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"
ExNEEF - Regional 6
Coordenação Geral
Gestão 2012-2013
"A vida é bela. Que as futuras gerações a livrem de todo mal e opressão, e possam desfrutá-la em toda sua plenitude"
Leon Trotsky
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