De: michèle sato <michelesato@gmail.com>
Data: 22 de fevereiro de 2016 21:46
Assunto: Re: adesão e divulgação do MANIFESTO DE INDIGNAÇÃO AO EDITAL DO PRÊMIO VALE-CAPES DE CIÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE
Para: Doroty Martos <dorotymartoss@gmail.com>
Cc: precimeasp@googlegroups.com, REPEA <listarepea@googlegroups.com>
*.*
*
Michèle Sato * michelesato@gmail.com
Cuiabá, MT - BRASIL Tel.: 55 65 3615 8443
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
* Fórum de Direitos Humanos e da Terra, FDHT-MT
mimi by imara quadros
Olá Soraya
Desejo que esteja bem !!
Alguns encaminhamentos já foram dados por membros do nosso GT - 22 da ANPEd - entre eles a publicação no portal da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação;
A ANPEd é quem envia para a CAPES.
Outras estratégias também estão sendo utilizadas e podem incluir enviar o envio do Manifesto para Programas de Pós Graduação nas áreas de Educação, Meio Ambiente e demais áreas de formação. Outros parceiros/as, também podem ser procurados para que apoiem, divulguem e referendem o Manifesto publicamente:
- coordenadores do FORPRED de cada região;
- coordenadores dos eixos das ANPEDINHAS regionais que acontecem agora em julho;
- encaminhar também aos reitores ou vice-reitores de pesquisa para divulgação aos coordenadores dos PPG das IES, uma vez que o "prêmio" envolve todas as áreas do conhecimento;
- outras sociedades científicas, como SBPC, ABRAPEC, ANPOCS etc.
Uma das estratégias que combinamos no âmbito do GT 22 da ANPEd é articular Grupos, Redes, Universidades, ONGs, Coletivos e indivíduos para que, entrem em contato diretamente com a ANPEd e a CAPES, manifestando apoio ao Manifesto e repúdio ao premio e a parceria com a Vale.
Sabemos que a Sociedade Civil tem uma força incrível e pode se envolver com relevância na divulgação e apoio ao Manifesto. As Redes, Coletivos e Movimentos podem influenciar no processo e pressionar a CAPES.
Veja o que a Michele Sato (copiada nesta mensagem) sugeriu na lista de diálogos do GT 22:
"acho q se cada entidade, grupo ou pgma mandarem o apoio diretamente pra capes, e fóruns respectivos, a coisa pode funcionar (....) não se trata de abaixo-assinado, mas de manifesto, e portanto, quem assina é o gt 22, sem necessidade de colher assinaturas. facebook também tem super audiência, a coisa se espalha rapidão... nós vamos adicionar no blog do GPEA por aqui..."
Pela movimentação que estamos percebendo, outras ações estão sendo elaboradas para apoiar e divulgar o Manifesto e nossa indignação. Com certeza, toda ideia e ajuda é bem vinda !!
Seguimos em ação !!
Forte abraço !!!!
Doroty
Profa. Me. Doroty Martos
Gestora Ambiental - Mestre em Educação Ambiental para a Sustentabilidade
Cineclube Socioambiental "EM PROL DA VIDA"
Membro do GT Sociedade Civil para a Agenda 2030 e ODS
Representante FBOMS no Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental
(11) 9 7253-2501
"É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática." – Paulo Freire
Em 22 de fevereiro de 2016 07:48, Ana Soraya Nascimento <ana.sechin@gmail.com> escreveu:Doroty, bom dia!
Pergunto como podemos ajudar a reproduzir o manifesto, há uma estratégia? Além disso há uma estratégia de encaminhamento para o MEC ou outra instância?
Grata.
Ana Soraya Nascimento
--Em 22/02/2016 03:44, "Doroty Martos" <dorotymartoss@gmail.com> escreveu:--Divulgando ManifestoIndignadas/os !!Pelo boicote à premiação e parceria Vale-Capes !!
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Facebook <notification+kr4mq4mkeb4n@facebookmail.com>
Data: 20 de fevereiro de 2016 00:34
Assunto: Mimi Sato marcou você no Facebook
Para: Doroty Martos <dorotymartoss@gmail.com>
Mimi Sato 20 de fevereiro às 00:34 POR FAVOR, DIVULGUE!
Marco Barzano Mauro Guimarães Martha Tristão Antonio Guerra Guarani Kaiowá Mara Lúcia Regina Silva Michelle Jaber Ronaldo Eustáquio Feitoza Senra Lindalva Ufmt Nelma Baldin Fatima Elizabeti Marcomin Zysman Neiman João Luiz Afonso V. Figueiredo Francisco Pegado Abílio Ramiro Gustavo Valera Camacho Maria Inêz Araujo Marcelo Gules Borges Geasur EA Desde El Sur Liana Márcia Justen Doroty Martos Rachel Trajber Marcos Sorrentino Heitor Queiroz de Medeiros Irineu Tamaio Lucia Shiguemi Imara Quadros
.................................
MANIFESTO DE INDIGNAÇÃO AO EDITAL DO PRÊMIO VALE-CAPES DE CIÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE
O Grupo de Trabalho (GT 22 – Educação Ambiental) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), estudantes, professores e pesquisadores a ele associados vêm a público pelo presente manifestarem-se sua indignação e repúdio ao edital "Vale-Capes de Ciências e Sustentabilidade" que tem o objetivo de "selecionar as melhores teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas em 2014", o qual encontra-se aberto a todos (as) pesquisadores (as), grupos de trabalho e, Programas de Pós-Graduação do País.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) desempenha papel crucial nos programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) em todo território nacional. Em seu histórico, diversas mudanças, desafios e encargos conferiram a criação da Nova Capes (Lei nº 11.502/2007)i, cujo objetivo é fomentar a construção e a manutenção do alto padrão de professores em diversos níveis e em distintas áreas do conhecimento. De Anísio Teixeira (1952-1964) ao atual presidente, Carlos Nobres, a Capes possui autonomia em suas políticas, ainda que seja subordinada ao Ministério da Educação (MEC).
Causa-nos espanto, portanto, que esta Capes não consiga discernir seus parceiros e desenhe sua política de fomento à formação humana por meio do Prêmio Vale-Capesii, em high light na primeira página do seu site, negligenciando conflitos socioambientais e incentivando premiações como se a educação fosse neutra, desprovida de sentido crítico que não conseguisse enxergar o que representa a companhia Vale, principalmente passados 100 dias do maior acidente ambiental já registrado no país, causado pela empresa Samarco, subsidiária da mesma.
A lista de desastres ecológicos e de injustiças ambientais causados pela Vale é enorme. Intrinsecamente conectada aos danos ambientais, há uma teia de significações sociais que também sofre com a missão da Vale, destacada em sua home page: "transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável"iii. Só esta frase já revela o que significa a Vale, e ela pode ludibriar um ingênuo que gosta de jargões ambientais, ou capitalistas com novas roupagens, contudo, a Capes deve estar mais atenta a estas missões da Vale, que se expressam em alguns exemplos de impactos e conflitos socioambientais:
• No estado do Pará, esta "nobre missão" da Vale se traduz pela mineração no interior de Unidades de Conservação (UC) e de Florestas Nacionais (Flona), como o megaempreendimento do projeto ferro S11D, em Carajás;
• No Maranhão e Pará, a estrada de ferro Carajás da Vale causa mortes, atropelamentos, trepidação das casas, rachaduras, deterioração ambiental, como é o caso da produção de carvão vegetal no Maranhão, causando inúmeros agravos na saúde de trabalhadores e moradores locais;
• No município de Moju, Pará, o mineroduto da Vale afetou drasticamente cerca de 800 comunidades quilombolas, que além de viver o terror ambiental, sofreu diversas violações de direitos humanos, inclusive com aumento de prostituição infantil em função da chegada de muitos homens no trabalho de transporte de bauxita;
• Em Minas Gerais, a Vale (Mina de Capão Xavier) está agindo sobre um grande aquífero que tem suas águas diminuídas ano a ano em função das operações de minérios de ferro;
• No Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) que é um empreendimento da Vale, traz prejuízos ambientais enormes nos manguezais, além de afetar a saúde da população local com poluição atmosférica proveniente da deposição de ferro-gusa em cavas abertas, além da elevação da emissão de CO2 e óxidos de enxofre;
• No Espírito Santo, o Porto do Tubarão operado pela Vale e pela siderúrgica ArcelorMittal Tubarão vem causando inúmeros danos à saúde ambiental do estado, foi interditado pela justiça federal no dia 21 de janeiro do corrente ano (2016) por crime ambiental, emissão de carvão e pó de minério no ar e no mar de Vitória;
• A Vale tem invadido terras indígenas, a exemplo dos Xikrin, na província mineral de Carajás, PA, e exerce enorme pressão para ocupação das terras indígenas da Chapada do A, onde habitam os indígenas Tupinikim, no estado do Espírito Santo;
• Em Moçambique, as empresas de mineração Moma e Moatize, da Vale, já expulsaram inúmeras famílias camponesas de suas comunidades para dar lugar às minas de carvão. Situação parecida ocorreu na Indonésia, continente asiático;
• A Vale aumentou jornadas de trabalho no Canadá, realizou demissões em massa na Vale-Inco, envolvendo mais de 3 mil trabalhadores que fizeram greve e testemunharam a destruição do lago de Sandy Pond por meio de dejetos da mineração;
• Na região de Mendoza, Argentina, os fertilizantes utilizados pela Vale destruíram proporções significativas da biodiversidade local, além dos riscos de salinização dos rios;
• Na Nova Macedônia (Pacífico), a Vale-Inco tenta implementar a mineração de níquel com um duto para despejar resíduos no mar, que pode prejudicar ou até mesmo extinguir a barreira de corais e o maior sistema de lagoas do planeta.
A Vale tem outras diversas denúncias que correm o Brasil e mundo, relacionadas com violações de direitos humanos, impactos trabalhistas, jornadas de trabalho exaustivas, trabalho escravo e infantil, sonegação de royalties e evasão de divisas, entre outros.
Recentemente testemunhamos o pior acidente socioambiental do Brasil, causado pela Samarco (Vale e BHP Billiton), por toda extensão do Rio Doce, afetando mais dramaticamente os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. São incalculáveis os danos físicos, morais à diversidade biológica ao patrimônio histórico e cultural, e a própria sobrevivência das famílias afetadas por este episódio, que não foi acidental, e que trouxe indignações nacionais e internacionais não apenas no âmbito do ambientalismo, mas também em toda a esfera social.
Em total dissintonia com o respeito à biodiversidade dos ecossistemas afetados, aos seus acervos históricos e arqueológicos ou às suas comunidades humanas, o rompimento das barragens de Samarco traz também o nosso rompimento e o nosso repúdio ao "Prêmio Vale-Capes"!
Nesse sentido, o Grupo de Trabalho 22 (GT 22 – Educação Ambiental) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPEd) conclama que os demais grupos, programas e pesquisadores boicotem a premiação e endossem este MANIFESTO DE INDIGNAÇÃO pela parceria Vale-Capes.
A esperança tem duas filhas lindas,
a indignação e a coragem:
a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão;
a coragem, a mudá-las
(Santo Agostinho)
Rio de Janeiro, 18/02/2016.
GT 22 – ANPEd
Educação Ambiental
i http://www.capes.gov.br/historia-e-missao
ii Tem o objetivo de "selecionar as melhores teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas em 2014" (cf.http://www.capes.gov.br/component/content/article/36- salaimprensa/noticias/7813-abertas-as-inscricoes-para-a-nova-edicao-do-premio-vale-capes)
iii http://www.vale.com/brasil/en/aboutvale/mission/pages/default.aspx
fonte: http://gpeaufmt.blogspot.com.br/2016/02/manifesto-de-indignacao-ao-edital-do.htmlProfa. Me. Doroty Martos
Gestora Ambiental - Mestre em Educação Ambiental para a Sustentabilidade
Cineclube Socioambiental "EM PROL DA VIDA"
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