UMA REVOLUCIONÁRIA
Nessa longa construção do meu ser,
Muitos me encorajaram e me fizeram acreditar
Em ideais para um mundo melhor.
Me incentivaram a lutar de todas as formas,
E a buscar embasamento teórico.
Me instigaram a ler cada dia mais
E a buscar fontes confiáveis,
Para não cair no paradigma da alienação.
Foi e ainda é um longo caminho
E não meço esforços para alcançá-lo.
No começo fui a luta de forma alienada,
Mas com os estudos diários Senti, admiração!
Pelo caminho escolhido.
Todos os dias o sangue fervia em minhas veias
Fui me inconformando cada vez mais,
E toda injustiça presente nesse mundo era para mim
Um incentivo à luta!
Os trabalhadores
Não merecem todo esse sofrimento.
Ao longo dessa estrada muitas barreiras encontrei
A família não aceitava e alguns amigos também
E então vem aquela velha solidão tomar conta
De um coração revolucionário!
Nesse momento alguns se afastam,
Comigo não foi diferente!
Mas vejam só, um revolucionário quando acordado
Jamais morrerá dentro de si, pode até adormecer
Mas volta com toda a força!
E quem diria, mesmo com toda a teoria e práxis
Ainda assim vivi o outro lado da moeda.
Trabalhei em uma fábrica por algum tempo,
E lá percebi a dificuldade do trabalhador não ser alienado!
Não é nada fácil passar todo o dia trabalhando,
E quando voltar para casa ter outras tarefas.
Tudo o que o proletário quer é relaxar, comer e
Ligar a TV, pensando que está se informando.
As empresas e os ditos donos do capital
Roubam nossas almas e nos fazem não querer sair dali!
É meus camaradas! Nossa luta é bem mais complicada
E árdua do que se pode imaginar.
Todo o tempo que estive ali me transformou.
Hoje na faculdade, com as mesmas dificuldades
Que muitos outros jovens têm de se manterem ali,
Vejo de forma ainda mais ampla como nos conformamos
Com as migalhas jogadas a nós!
As migalhas da educação,
As migalhas da saúde,
As migalhas da segurança,
Do lazer, da cultura, da política,
As migalhas de toda uma vida!
E sabe todo esse buraco causado por esses
Capitalistas, burgueses imundos!
Me dá ânsia!
Não consigo engolir toda essa maldade à esse povo
Que acorda cedo e produz, produz, produz...
Não meus camaradas, eles não são máquinas!
(Pois se até mesmo as máquinas descansam)
São feitos de muito mais, e quando se veem desgastados
São cruelmente descartados.
É por este povo que luto!
Tenho muita sorte, apesar de tanto ser desmotivada
Por tantos.
Até mesmo por aqueles que um dia me despertaram!
Encontrei ao longo dessa formação contínua,
Grandes e maravilhosos companheiros.
E agora, não é mais como todo o poema foi descrito,
Não sou EU na luta.
É bem mais fácil, é motivador!
A revolução está próxima camaradas
Agora me sinto totalmente confortada e feliz,
Por que somos NÓS nessa grande luta!
Autora
-Beatriz Francisca da Silva Matos (acadêmica de EF na UEG - ESEFFEGO) 02/10/2017
Enviado: quinta-feira, 3 de maio de 2018 03:54:10
Para: ExNEEF/MEEF
Assunto: [MEEF] Caderno de Debates - Poesias
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